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Pedra da vesícula no canal do fígado: quando a situação exige cirurgia especializada.

🩺 “A pedra da vesícula foi para o canal do fígado. E agora, Doutor?”

A vesícula biliar é um pequeno reservatório que armazena a bile produzida no fígado. A bile por sua vez é um tipo de detergente que emulsifica a gordura dos alimentos. Assim, quando as moléculas de gordura saem do estômago e alcançam o duodeno (primeira parte do intestino depois do estômago), a vesícula biliar, através de estímulos hormonais, se contrai permitindo que a bile chegue até o alimento no interior do intestino quebrando as moléculas de gordura para serem posteriormente absorvidas para a corrente sanguínea.

Quando a vesícula biliar fica doente, ela não esvazia-se adequadamente e a bile fica armazenada por um período maior podendo se precipitar o colesterol formando cálculos. E quando se diz que o paciente possui “pedra na vesícula”, diagnosticado através do ultrassom, o nome científico seria colelitíase ou colecistolitíase. E quando a vesícula biliar com cálculo inflama e/ou infecciona é chamado de colecistite, esta patologia causa muitos sintomas no paciente como dores e vômitos.

Muitos pacientes podem ser portadores de colelitíase (pedra na vesícula) sem nunca ter sintomas. Outros porém podem inflamar a vesícula, apodrecer alguns ossos densos e envolver outras complicações como infecção generalizada (sepse) ou até, em casos raros, câncer de vesícula.

Segundo a literatura médica cerca de 5% dos pacientes com colelitíase (pedra na vesícula biliar) podem ser acometidos por uma patologia chamada de coledocolitíase (figura 1), que é quando um ou mais cálculos deslocam-se do interior da vesícula e vão se alojar no canal do fígado, esse canal é chamado de colédoco ou via biliar principal. Podendo o paciente desenvolver icterícia (ficar com pele e olhos amarelados), a urina pode ficar escura e as fezes claras, e caso não seja tratado pode ocorrer colangite que é a infecção dos canais do fígado (vias biliares). Mas em alguns casos o diagnóstico do cálculo no canal do fígado só é realizado durante a cirurgia de retirada da vesícula, através de um exame que injeta contraste na via biliar e realiza uma imagem de raio X, chamada de colangiografia (figura 2).

Existem basicamente três formas de tratar o paciente com cálculo no canal do fígado:

  1. Por endoscopia especial que vai até o duodeno e realiza abertura na saída do canal do fígado chamada de papila e, depois, retira-se a vesícula por cirurgia, preferencialmente por videolaparoscopia;
  2. Cirurgia aberta convencional, como se fazia antigamente, retirando o cálculo no interior do canal do fígado e a vesícula;
  3. Tratamento por videolaparoscopia, explorando o colédoco para retirada de cálculos através de uma segunda microcâmera que entra nesse canal e retira da vesícula no mesmo ato cirúrgico (figura 3).


Alguns casos, quando o canal do fígado se dilata muito, se faz necessário unir-lo ao intestino (anastomose) através de cirurgia.

O tipo de tratamento para cada caso é muito específico e depende de muitas variáveis como a condição clínica do paciente, o tamanho do cálculo, o grau de infecção das vias biliares (colangite), e se os cálculos estão nos canais internos do fígado (necessitando algumas vezes de retirar uma parte do fígado), a disponibilidade de equipamentos e médicos cirurgiões endoscopistas com experiência. Na rotina dos últimos estudos demonstraram menor tempo de internação, em casos selecionados, é a exploração laparoscópica (por vídeo) do colédoco no canal do fígado e retirada da vesícula biliar no mesmo procedimento (figura 3), porém necessita de aparelhos especializados e cirurgiões experientes em vias biliares e laparoscopia.

Em muitos casos, calcular na vesícula biliar é importante saber a forma mais adequada de se tratar os cálculos, pois apenas em alguns casos é necessário a remoção da vesícula e os cálculos, e atualmente o melhor é a cirurgia minimamente invasiva por vídeo.

Se existe a suspeita ou diagnóstico de cálculo na via do fígado durante um exame de ultrassom, endoscopia ou cirurgia, contar com cirurgiões experientes em vias biliares garante que o tratamento mais adequado para seu caso.portante passar em avaliação com um médico especialista para que se realize a investigação e orientação apropriada para seu caso.

Autores:

DR. LEANDRO MROZINSKI
CRM/MT 4751 – RQE 2057
Cirurgia Videolaparoscópica – RQE 6321

  • Membro da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE)
DR. LEANDRO DUTRA PERES

DR. LEANDRO DUTRA PERES
CRM/MT 9035
Cirurgião do Aparelho Digestivo – RQE 4283
Cirurgia Geral – RQE 4338
Cirurgia Videolaparoscópica – RQE 4339

  • Membro da Associação Internacional de Cirurgia Hepatobiliopancreática (IHPBA)
  • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (SOBRACIL)
  • Membro da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE)

 

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